Sunday, November 26, 2006

Inculzão sussial

Este fim-de-semana aproveitei para descansar. O Perufeçor andou a passear e queria que eu também fosse com ele. Mas não pode ser sempre. Eu já Lhe tinha preparado as visitas que Ele tinha que fazer em Trázusmontes por causa da inclusão social. No contacto com as populações eu não me sinto muito bem. O Perufeçor é que tem muito jeito. Basta ver como Ele quando lá chegou e eles se queixaram que estava a chover disse "haviam de ver como estava a chover muito mais no litoral" e eles logo se riram muito da piada e se quebrou o gelo.

Como todos sabem eu sou uma pessoa muito preocupada com a inclusão social. Fui eu que convenci o Perufeçor a falar com os empresários de sucesso para eles se preocuparem com a inclusão social para que o nosso país possa ir para a frente. Estive para aí uma semana inteira a preparar um dossier sobre esta questão. A ideia é muito simples (tinha que se ser muito simples para os empresários de sucesso compreenderem à primeira) e passa pela aplicação dos métodos habituais: como não se pode formar uma comissão porque o governo não deixa, faz-se uma associação. Com uma associação de empresários de sucesso torna-se fácil começar a lutar pela inclusão social. Se não fosse falta de modéstia eu diria que é uma ideia genial.

Os empresários de sucesso têm muita gente que conhecem (já aqui escrevi sobre a sociedade do conhecimento) e com quem podem fazer inclusão social nesta associação. O Perufeçor ainda teve algumas dificuldades em convencer os empresários mas foi por causa de todos estarem a querer ser os primeiros a incluir dos seus na associação. Assim distribuíram-se já os lugares mais importantes para os empresários fundadores fazerem já a inclusão das pessoas que lhes são mais próximas. Como são tudo pessoas muito bem, pode dizer-se que há todas as possibilidades de vir a ser aquilo que se pode chamar uma inclusão social de sucesso. Como vêem foi mais uma vitória deste assessor que se vos recomenda. A bem da nação.

Joaquim (assessor)
(verção urijinal)

Monday, November 20, 2006

Ana Horética

Este fim-de-semana fiquei muito preocupado por saber que há modelos a morrer à fome. Até deu na televisão. São coisas que não podem acontecer. Como assessor cultural do Perufeçor fiquei a pensar que temos que fazer qualquer coisa. O modelo, neste caso a modelo, é uma pessoa exemplar como o próprio nome indica. Vai daí se uma gaja que é modelo morre por ter fome, mesmo que tenha o frigorífico cheio de comida, imaginem essa quantidade de marmanjos elegantes que há por esse mundo fora e que não têm mesmo nada para comer, começarem a morrer também assim sem mais nem menos. Estou muito preocupado. É que alguns deles e delas nem têm umas imagens de arquivo decentes para mostrar na televisão. Acho que tem que se fazer já uma campanha para as modelos tomarem qualquer coisa sem terem que estar a morrer. Dá muito mau ambiente e como sabemos temos que preservar o ambiente para o futuro. Se eu mandasse não deixava passarem na televisão essas noticias. As pessoas normais que estão cheias de fome ainda vão achar que está na moda morrer assim sem dizer água vai. E em vez de se aguentarem à bronca, não, pimba, morrem. Não pode ser. O Perufeçor por exemplo que as pessoas pensam que come que nem um pito, emborca à grande e à francesa e lá se vai aguentando nas canetas. Mas isso não lhe tira aquele ar de Ana Horética. E o excesso de perdigotos é porque se está sempre a salivar. Vou ver se o convenço a ir ao Trallon para engordar um bocadinho porque assim magrinho e olheirento cada vez há mais portugueses a identificarem-se com ele. A bem da nação.

Joaquim (assessor)

(verção Jakim)


Monday, November 13, 2006

Globalização e progresso

Passei a sexta-feira toda na Apanha Longa em Cintra com o Perufeçor e mais uns empresários de cá e estrangeiros e tudo. Estivemos a falar de globalização que é uma coisa que nós as pessoas mais informadas nos gostamos muito de falar. Eu até estava a pensar fazer uma pós-graduação em globalização mas depois desta reunião apercebi-me que o meu 'béque gráu' é muito elevado e até impressionei os empresários com o meu elevado conhecimento. Nós os portugueses fomos os pioneiros da globalização. Já o Infante dom Henrique só olhava para o horizonte a querer globalizar isto tudo. Era aquilo que se chama hoje um visionário. Já naquela altura ele sabia que tinhamos que encher as lojas com objectos do Oriente. E em vez de estar à espera que os árabes trouxessem as coisas a camelo, fomos nós lá de barco e trouxemos tudo sem os lambões dos intermediários. Esta ideia de globalização acompanhou-nos a história toda. Tem sido sempre assim. Temos conseguido com sucesso ir buscar coisas que nos fazem falta e outras, a todos os lugares do mundo. Graças a essa globalização permanente nunca tivemos aqui que nos chatear muito a trabalhar, porque havia sempre quem nos desse umas coisitas de boa vontade já que nós éramos sempre muito boas peçoas e muito bem vindos a casa dos que íamos visitar. Esta reunião da globalização é uma ideia muito inteligente, que eu e o Perufeçor tivemos para ver se agora que a Europa se está a fazer esquisita de mandar para cá mais coisas que nós precisamos e queremos e que no fundo são nossas, se há alguém que queira investir-se aqui no nosso jardim há beira-mar plantado. A bem da nação.

Joaquim (assessor)
(tradução)