Monday, January 30, 2006

Linguagem ardente

A experiência que fiz no meu último 'post' de fazer uma tradução pra inglês não foi muito bem sucedida tal como alguns gentis leitores e leitoras se aperceberam. O Dr. Guguele que me tinha sido recomendado não tem capacidade para traduzir a riqueza do meu vocabulário. Por isso, e dado o fracasso relativo daquela tradução, passarei a ser eu próprio a proceder às traduções que forem sendo necessárias.
A minha ligação ao inglês é muito antiga. Tal como agora é obrigatório também eu logo de pequenino comecei a aprender. Claro que naquele tempo era mais de linguagem falada do que escrita. Era um tempo em que ainda não se usavam computadores e por isso não tinha piada nenhuma estar a escrever fosse o que fosse.
Desde muito cedo percebemos que assim como o francês é a linguagem do amor - l'amour - o inglês é a linguagem do sexo - the sex - e o português é a linguagem da pós-produção - a creche. Talvez por isso me tenha afeiçoado tanto à língua dos bifes.
A primeira palavra que aprendi em inglês foi o meu pai que me ensinou: the ford. Eu dizia fode mas o meu pai corrigia para eu abreviar a vogal final. Tudo tem uma razão de ser e o meu pai tinha um ford na garagem. O que eu gostava mais era do ford mustang. Depois fui aprendendo outras palavras e o meu vocabulário foi-se estendendo por ai fora. Quando cheguei à universidade percebi que o inglês me ia ser muito útil. A economia aprende-se toda em inglês. Em português não há nada económico. Eu sei que é lamentável mas espero que o Professor modifique as coisas trazendo um prémio Nobel para cá com o seu projecto Sylvester.
A minha meditação de hoje vem na linha do aperfeiçoamento pessoal de que todos nós precisamos. Temos que fazer subir a nossa auto-estima. É fundamental. Antigamente as pessoas padeciam do mal imaginário de se considerarem umas bestas. Posso falar por mim próprio. Eu pensava em mim como um ignorante, um desajeitado, um falhado, um cretino. Um dia, mão amiga pôs na minha mão um exemplar da revista Xis e foi uma revelação. Percebi que me faltava auto-estima. Com alguma auto-estima comecei a perceber que afinal não era tão ignorante assim. Na semana seguinte comprei outro Púbico com outra Xis. A minha auto-estima subiu ainda mais. Passei a sentir-me um homem elegante e fino. Uma semana depois, com nova Xis, eu já era um homem com elevado potencial. Como vêem a auto-estima é um beneficio extraordinário. A gente passa a olhar para nós com outros olhos e a perceber os seres brilhantes que até aqui estávamos a esconder. De facto não conheço um processo mais eficaz de atingir-mos a plenitude do nosso ser e de passarmos de bestas a bestiais em pouquíssimas semanas.
Muita auto-estima para todos.

Joaquim (assessor)

Sunday, January 29, 2006

Heil Nobel

"Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer, e se ele lhe responder lá de dentro: Não me incomodes, a porta está fechada e os meus filhos estão comigo na cama, não posso levantar-me para tos dar. Eu vos digo: Embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar." Lc 11


Andava eu a matutar no que é que haveria de arranjar para ocupar o imenso tempo livre que se aproxima, quando o meu dilecto assessor Joaquim Zito - que gentilmente me cede este espaço para entrar em diálogo com os seus leitores - me proporcionou, inadvertidamente, aquilo que eu chamaria uma ideia luminosa, não fossem a minhas proverbiais humildade e modéstia.
Suponho que depois de ter atingido este patamar de importância social e política, e não podendo por razões certamente compreensíveis, alcandorar-me a posições de superior importância mundial, como sejam a suprema magistratura nos Estados Unidos ou o Papado, estariam à espera que esperasse pacientemente uma demolidora reeleição e arrumasse as botas logo a seguir.
Também eu e os meus mais próximos, onde evidentemente também incluo o licenciado Joaquim Zito, estávamos convencidos da inevitabilidade de tal situação. A meio da semana que ontem terminou, um pedido de auxílio do meu assessor deu um novo impulso - posso dizê-lo - a uma nova perspectiva para, em mais um campo de actividade, contribuir duplamente para o prestígio do país presenteando-o com mais um Nobel, desta vez na difícil arte da Economia.
Ao fim da manhã de terça-feira o meu assessor, necessitado de almoçar, coisa que eu não faço para não interromper os raciocínios, pediu-me que vigiasse uma imagem em que Sylvester, o gato, se preparava para apanhar Tweety, o passarinho (ou passarinha? - nota para o assessor de blógues - confirme o género do animal e corrija). Quando o meu colaborador regressou já eu tinha tido a revelação que vai orientar estes primeiros cinco anos de mandato.


Posso dizer que o meu fascínio por Sylvester foi à primeira vista. Reparem no modo entusiástico como ele desenvolve o seu trabalho. Apesar do esforço, permanece no rosto um ar festivo e os olhos brilham de determinação. Sente-se em todo o seu movimento um empenho invejável.
Mas o meu fascínio aumentou ao verificar que afinal a tarefa não era fácil. As horas foram passando e a persistência do gesto mostrava uma dedicação à causa que - tenho que o reconhecer - me comoveu até às lágrimas. Passaram vários dias e Sylvester ainda não conseguiu, pelo menos à hora a que estou a redigir este texto, apanhar o(?) Tweety. Mas o seu objectivo mantém-se, o esforço não o detém, o objectivo mantém-se claro e explicito no ar aguerrido com que, sem desfalecer, prossegue o seu infatigável trabalho.
O estudo que vou empreender nos próximos anos, e que inevitavelmente me vai conduzir ao Nobel, para evidente grandeza do país, centra-se no estudo desta capacidade de persistir contra o tempo, neste indomável modelo de concentrar todas as energias num objectivo e ignorar tudo o resto.
O meu estudo vai evidentemente concluir das virtudes do trabalho, da capacidade de resolver problemas contra tudo e contra todos, do colocar os interesses do grupo acima dos interesses particulares e de, mais tarde ou mais cedo, liquidar os pássaros (confirmar se são pássaras) que miseravelmente se opõem.
A nova teoria económica que daqui vai sair será um dos alicerces para um estado cada vez mais novo.
Muito obrigado.

O Professor

Wednesday, January 25, 2006

Clique tóriz*

Em querendo ajudar os meus amigos eu tenho tido alguma dificuldade em debruçar-me sobre as questões que ficaram pendentes da trabalhosa época que entretanto se finou. A minha 'performance' (desempenho) tem sido tal que já se fala em, em vez de eu ir para assessor poder vir a ser chefe de uma casa, não sei se da civil, se da militar, se de outra. Mas ainda está tudo em aberto. Se for para chefe de alguma casa espero que seja da casa da música. Assim que tiver um gabinete em Belém vou ter mais hipóteses de postar em continuidade. Por enquanto vou aproveitando as horas vagas que a Umbelina me deixa no computador cá de casa. Hoje recebi um 'e-mail' em que o Silvester está quase a apanhar o Twiti e tenho estado a olhar, a ver quando é que ele o apanha, porque parece que vai ser muito giro. Mas já passou tanto tempo que tenho medo que haja algum problema com o 'e-mail' que eu recebi. Enquanto estou aqui a escrever estou com outra janela aberta, apesar do frio (hehehe adoro esta piada) onde vejo o 'e-mail' ao mesmo tempo que escrevo. Hoje a minha meditação vai ser sobre uma questão problemática que o Pi Hugo me deixou sobre onde fica afinal o clique tóriz. Confesso que tive que me documentar para não ocorrer a hipótese de cometer alguma falha cientifica que pudesse manchar uma informação que levasse o Pi Hugo, que suponho um jovem ainda imberbe, a ficar com ideias erradas. Então é assim. O clique tóriz é um pouco como Roma: todos os caminhos lá vão dar. Por outro lado não encontrar o clique tóriz é como ir a Roma e não ver o Papa. Hoje existem instrumentos que nos permitem encontrar o clique tóriz com alguma facilidade desde que se conheçam as suas coordenadas. É o famoso GêPêÉsse que devido à coligação de vários satélites artificiais nos dá a localização exacta do clique tóriz em todo o terreno. Em circunstâncias normais ou para não ser muito politicamente incorrecto em circunstâncias mais comuns, o clique tóriz passa-se pur ele e não se dá conta mesmo que na prática se estimule. Noutras apontasse-lhe o dedo e percebesse: ah é aqui? Noutras que seria mais difícil explicar poderíamos dizer com o povo que quem tem língua vai a Roma. Haverá outras maneiras de encontrar o clique tóriz mas sempre direi que é mais importante o clique que o tóriz e uma vez descoberto há que praticar para não esquecer. E por agora vou-me que amanhã tenho bastante para assessorar.


Joaquim (assessor)


* NT: expressão não identificada


Tuesday, January 24, 2006

Senescência

Diagramáticas místicas desusadas
Platibandas de infundadas frustrações
Psicodramas de imagéticas tatuadas
Buril ânsia de esmifradas construções


Patética indigência de lauto banquete
Promessa dividida pelas augustas placentas
Mirrado o trecho do novo torniquete
Que às velhas pasteladas deu tormentas


Prazer oculto traz a virulenta morte
Embolsada em devaneios cintilantes
Enterrados o prazer, o orgulho e a sorte
Voltámos à plebeia prece das bacantes


Mas há no peito ilustre inusitado
Um fervor enfeitiçado de malícia
Que mais tarde neste ou noutro estado
Editará sublime, a encharcada polícia

Umbelina

Monday, January 23, 2006

Otarrino

Caros amigos, camaradas e companheiros de luta. Antes demais quero naturalmente agradecer-vos os telefonemas, 'e-mails', faxes, cartas, sinais-de-fumo, mensagens e quaisquer outras formas que tenham usado para me fazer chegar, naturalmente, a vossa solidariedade com a vitória do Professor que, naturalmente, considero também minha. Naturalmente, ontem não tive oportunidade de vos contactar por motivos que compreendo que todos compreendereis. Naturalmente, eu que como sabereis, à imagem e semelhança do Professor também deixei de fumar, de beber e de todas as coisas que são, naturalmente, sinais da decadência da nossa época, ontem, no ardor da comemoração devo ter metido quaisquer coisas que me toldaram um pouco a normalidade que normalmente tenho. Só por isso, naturalmente, não me vim cá dar-vos aquele abraço que a vossa humilde colaboração para o êxito do Professor tão bem merecia. Mesmo assim não deixei de meditar. A meditação diária é como diz a Umbelina, naturalmente, fundamental para o nosso bem estar físico e psicológico. Estive, naturalmente, a meditar nas minhas novas tarefas de assessor e na responsabilidade que isso representa na minha nova vida. O meu desejo é conseguir conciliar as funções de assessor cultural com um carácter inovador nas relações entre a cultura e o povo. Sim porque o Professor vai ser Professor de todos os portugueses, tal como ele disse ontem com todo o brilhantismo. É que nunca ninguém tinha dito uma coisa daquelas. Assim, naturalmente, assim que tome posse das minhas novas funções vou providenciar para que a Ota também tenha uma casa da música. Vão chegar lá imensos estrangeiros e é preciso recebe-los condignamente. Estava a pensar assim numa espécie de Ópera de Disney que em vez de ser com aqueles arcos em ogiva, poderiam ter a forma de pastéis de nata encostados uns aus outros. Naturalmente, que isto sou eu a pensar e esta minha nova função deixa-me uma certa excitação nos pensamentos. E para não quebrar algum segredo governativo não devo, naturalmente, avançar mais nas minhas revelações avulsas. Desejo-vos a todos, naturalmente, uma santa noite e não se preocupem que o Professor vai resolver os vossos problemas.

PS: graças há nossa amiga 'mushu' já podem ver a minha fotografia no 'blogue' dela e no meu perfil.


Joaquim (assessor)

Saturday, January 21, 2006

Corrector ortográfico

Como sabem este dia está a ser para mim muito difícil de passar. O de amanha ainda vai ser mais. Fico sempre assim em ocasiões em que o meu futuro está em jogo. Mas como não sou de perder tempo - 'time is money' - dediquei a meditação deste dia à questão do corrector ortográfico. Reconheço que entre mim e o corrector há uma diferença de opinião em muitos aspectos. Sinto que num sentido muito particular o corrector não me respeita. E se há situações em que estou disposto a ceder há outras em que sinto o meu orgulho ferido. É que isto me parece perseguição. Por vezes o corrector sublinha-me as palavras quase todas. É perseguição. Só pode. Faz-me lembrar as arbitragens contra o Benfica. Eu nunca vi o corrector fazer isto com outras pessoas. A Umbelina já me disse para eu ter calma e me ir adaptando, mas isto fere o meu amor-próprio e a minha auto-estima. Como estamos num país livre e democrático eu acho que devo dar a minha opinião sobre os correctores que indecentemente nos privam da liberdade de escrevermos como a nossa veia artística nos sugere. Pois eu acho que o corrector é o instrumento mais anal que conheço. E eu não sou adepto do 'nhoff nhoff'*. Nunca gostei dos correctores que viam as minhas provas na escola. Eram uns facciosos de merda. Sou incapaz de usar aquela tinta branca que as secretárias louras usam para pôr nos écranes dos computadores (adoro piadas de louras hahahaha). O único sítio onde eu gosto dos correctores é na bolsa. Bom a minha meditação já vai longa. Vou treinar mais um bocadinho de corrector para me preparar para amanha. Continuem a vossa reflexão para quando forem votar se portarem como verdadeiros Joaquins.

Joaquim (assessor)

* NT: não foi possível encontrar referências a esta expressão

Papeira

Celestes e infinitas vestes do firmamento
Paulatinas debandadas da sufragada função
Fundamentam as faces delirantes do ser
Em drásticas labaredas de dor e emoção

Petardos cobrem a angústia, sombra luminosa
Regidos por violentas dunas áridas de repente
Soletradas pelas iras toldadas dos tinhosos
Que da cátedra descem soltos lentamente

Ó ágeis mancebos das tristes vitórias loucas
Passem vossos doces momentos aguerridos
Em urnas trituradas pela augusta morte
Saltitante de horror, louvor, fervor e gritos.

Umbelina

Friday, January 20, 2006

Reflexão

Como não tenho tido tempo de praticar o corretor não posso ainda apresentar aqui textos devidamente corrigidos e pode por isso, apesar do meu cuidado passar algum erro de que desde já me penitencio. Dado que nos estamos a aproximar duma nova era em que devido às funções de assessor do presidente vou ter mais tempo livre quero deixar aqui os meus planos para os próximos tempos de intervenção cívica neste 'blogue'. Devido à internacionalização vou ter que passar a fazer alguns 'posts' em estrangeiro. Como só sei inglês, francês, castelhano e mirandês vou evitar as outras línguas. Penso que terei que dividir as minhas intervenções em textos grandes, textos médios, textos pequenos e às vezes uns textículos que permitam diversificar a diversidade de temas que naturalmente abordo. Embora nervoso hoje estou confinante que as coisas vão correr bem, até porque tenho feito chegar aos meus inúmeros conhecidos a minha abalizada opinião e todos têm concordado que estou do lado certo e podem contar comigo. A meditação que quero deixar hoje e que não tem nada a ver com as eleições, até porque já estamos em reflexão e portanto já nem posso falar na grande estima que tenho pelo Professor, consiste, como eu ia a dizer em meditar nas consequências desastrosas pro país se o Professor não fosse eleito. Tratasse portanto de uma especulação na ária da ficção mas que pelas suas implicações sócio-filosóficas nos deveria concentrar em alguns momentos de recolhimento. E com este elevado pensamento vos deixo hoje acompanhado de votos que certamente os meus dedicados fãs não deixarão de aproveitar.


Joaquim (assessor)

Wednesday, January 18, 2006

O Professor

Este momento é muito solene. Consegui que o professor escrevesse um texto em exclusivo aqui para o nosso 'blogue'. Ele prometeu que se fosse eleito passaria a colaborar com regularidade no nosso 'blogue'. Mais uma razão de peso para votarmos nele. O meu bem haja. E agora as Suas palavras. (Joaquim)


Portuguesas e portugueses

Agora que se aproxima o dia difícil e depois de ter corrido o país de lés-a-lés, do Minho ao Algarve, da Madeira aos Açores, do Pulo do Lobo a Timor, de Angola à contracosta, Goa, Damão e Diu, a Guiné, Cabo Verde, a cidade de Santo Nome de Deus de Macau, São Tomé e o Príncipe, do Cabo da Boa Esperança a Moçambique, passando pelo estreito de Ormuz e não esquecendo nem Ceuta, nem Olivença, nem o Poço de Boliqueime, vou aproveitar esta generosa oferta do meu dedicado colaborador Jakim, para através do seu muito justamente popular 'blog' transmitir a minha regeneradora mensagem de campanha.
Os portugueses conhecem-me. As portuguesas também. Mas há sempre algumas pessoas que não se portam como verdadeiros portugueses e teimam em não me conhecer. Penso que dando oportunidade a essas pessoas de me conhecerem, lhes dou também oportunidade de se tornarem portugueses sérios como os que me conhecem e apoiam. Fica portanto demonstrada a importância de me conhecerem e fazerem parte dos meus apoiantes.
Para os portugueses e portuguesas que me conhecem e para os outros que estão ávidos de me conhecer devo dizer que a minha preocupação com os desfavorecidos, sejam eles dos que me conhecem ou não, é umas das prioridades do meu mandato. Tudo farei para aqueles a quem mais dedico o meu pensamento e a minha preocupação sejam cada vez mais. Temos que mostrar aos outros países, mesmo à Califórnia, que o nosso interesse pelos desfavorecidos é genuíno e incentivador e que a nossa estratégia vai no sentido de nesse campo sermos os primeiros da Europa e quiçá do mundo.
Os funcionários públicos, e tenho que deixar aqui o meu apreço por essa gente, deverão ser promovidos a desfavorecidos para que todos possamos gostar deles com verdadeiro e profundo amor e caridade cristãs. Aqueles que não conseguirmos reduzir dos numerários com métodos naturais poderão ser reduzidos usando as novas tecnologias que o plano tecnológico nacional, em boa hora lançado pelo fulano do tal partido que não é o outro.
A privatização da saúde, de que eu sempre fui um acérrimo defensor - a saúde a quem a trabalha - deverá resolver vários problemas que neste momento estão a perturbar o défice. Reparem que se acabarmos com o serviço nacional de saúde que como sabemos trata muito mal os doentes, as pessoas vão durar menos. E isso é uma grande questão nacional. Os meus queridos velhos e idosos têm que pensar que patrioticamente se deveriam deixar morrer. Se não fosse esta mania de as pessoas agora quererem viver até tão tarde não haveria tantas reformas para pagar, o ministério de saúde não tinha que ter um orçamento tão grande, o país teria as contas equilibradas e eu teria menos um candidato com que me defrontar.
Como sabem e não quero alongar-me para não pensarem que isto é um discurso tipo Fidel Castro - isto era uma piada - eu sou uma pessoa sem vícios. Não fumo, não bebo, não leio jornais, não faço sondagens, não vou a discotecas, não faço 'tunning', não jogo 'golf', etc. Este meu estilo tem que servir de exemplo para o país e permite garantir a todos que vão ter na presidência um homem de elevada estatura - fico muito bem ao pé do secretário geral - conhecedor das contas do país, empenhado em atirar o país para a frente, principalmente agora que ele se encontra à beira do abismo, seguro que sou a melhor solução para para uma presidência que já foi de militares e de juristas mas que precisa de alguém que perceba de números, até porque o país está mergulhado em problemas de 'sudoku'.
No dia 22 conto convosco e façam o favor de levar as vossas esposas mas não as deixem votar contra. Se tudo correr bem nas próximas eleições elas já não votam sem ser com a vossa permissão.
Por um Portugal maior. Por um país com ordem e progresso. Por um estado cada vez mais novo.
Viva Portugal.

O Professor

Tuesday, January 17, 2006

Esclerose

Dogmática luz do meu encanto
Formal ensinamento do esmero
Arrancou ritmada pelo espanto
Hábitos de turvo desespero


Incrédula a força da dicção
Partiu desmandos oculta sorte
Firmada em ofensas da sucção
Pensou mais absurda ser a morte


Fantasia trouxe então à mente
Arroxada a veia do implante
O contraste coube-lhe somente
Por do saber estar já tão distante


Melhor seria ser subornada
A inválida sorte do desvelo
Que sobre a torta carbonatada
Balançar a cor do corpo em pêlo.


E ainda a tensão é começada
Já o trote quente do cavalo
Torna-me o saber que não sei nada
Arrancar, comê-lo ou travá-lo.

Umbelina

Sunday, January 15, 2006

A excitação

Meus amigos e minhas amigas cá estou eu para vos dar noticias do meu país. Hoje já estou a usar o corretor ortográfico pela primeira vês. Não está a ser nada fácil porque o gajo não está de acordo com quase nada do que eu escrevo. O meu primo que é um 'expert' em informática explicou-me como é que isto se usava mas ainda não tive muita oportunidade de treinar. Até porque entramos na última semana da campanha e as sontagens estão a apertar. Daqui para a frente vai sem corrector que já nem eu estou a perceber o que o corretor me diz para escrever. Estou muito contente por terem gostado do poema erótico da Umbelina. Ela é uma artista muito prendada. Os poemas dela são tão eróticos que quando ela começa a recitá-los eu não resisto e atiro-me a ela. A poesia sempre foi uma coisa muito do meu agrado. Ainda bem jovem eu levava os livros de poesia para a casa de banho para ler e excitar-me. Mas como sabem este 'blogue' tem um objectivo que deve ser respeitado. A minha meditação deste fim de semana foi sobre um assunto que como calculam me afecta particularmente. Apesar das minhas apelações o euro-milhões não me saiu. Fiquei estes dias a pensar o que é que tinha feito de errado para não ter sido atendido por Deus. Só hoje à tardinha é que eu percebi. A semana passada quando fui tomar a bica tirei dois pacotes de açúcar e guardei um no bolso. Amanha quando for ao café vou repor o pacotinho e por penitência vou beber a bica sem açúcar. O meu pecado fica assim confessado publicamente e por isso espero que na próxima semana a justiça seja reposta. Desejo- vos então uma semana muito serena e que a justiça divina vos ilumine para votareis bem de hoje a oito dias.


Joaquim (assessor)

Friday, January 13, 2006

Embolia

Feéricas, achatadas lágrimas
Difusas sobre o pranto ardente
Formataram o meu alarmante
Soçobrar das páginas.


Mirei-me nua e despojada
Enlaçada em tramas delirantes
Confundidas pelas conjugadas
Ilações em tudo confluentes.


Girândola de espaços naufragados
Paradigma de censos inundados
Embalei teus ósculos perfumados
Em pináculos dias naufragantes.


Jamais o tempo estima a incidência
De virais entendimentos sufocados
Na lonjura destemida dos lamentos
Ribombantes sons são enforcados.


Afora este berrante inconformismo
Despenhado sobre a rutilante dor
Sou ainda formalmente o melhor
Das partidas começadas no abismo.

Umbelina

Milagre

Como é fácil de ver estou a tornar-me um experto nestas coisas dos 'blogues'. Já consegui perceber como é que se fazem os textos com mais linhas do que as que cabem aqui. E tenho surpresas para voz anunciar. A Umbelina vai mesmo começar a colaborar com o 'blogue' das meditações. Vão ver como ela medita bem. As minhas admiradoras podem ficar descansadas que ela não vai interferir nos meus textos. A única condição que ela pôs foi eu passar a usar um corrector ortográfico. Embora ache que não é preciso aceitei, até porque não é uma exigência por aí além. Toda a gente que eu conheço usa corretores a torto e a direito. Não é por aí que o gato vai às filhoses. O meu primo 'expert' em informática vêm cá a casa neste fim de semana para me instalar o corretor e ensinar uns pormenores que ainda me escapam. Como ele está muito actualizado vai-me ajudar a instalar uns serviços inovadores que vão agradar aos meus amáveis leitores e leitoras. A minha meditação de hoje foi muito virada pra dentro. Estive a rezar a todos os santinhos para que me saísse o euro-milhões. Às vezes temos que ser um bocadinho egoístas. E os cem milhões davam-me mesmo jeito. Achei que Deus havia de perceber que eu tenho sido muito bom para com os meus semelhantes, mesmo aqueles que são muito diferentes, e mesmo quando tenho oportunidade não lhes tenho feito mal. Por isso mereço alguma atenção da Sua parte. Estou convicto que Ele me vai escutar e fazer uma forcinha para saírem os meus números. Não sei como é que Ele consegue escolher exactamente os números que a gente quer. Prometi-lhe que dava 0,001 porcento para as almas e 0,001 porcento para as obras de caridade e ainda 0,0005 porcento para os desfavorecidos. É pegar ou largar. Então deixo-vos com esta meditação desejando uma sexta-feira muito agradável. Se eu não aparecer amanhã é porque Deus esteve do meu lado. Ámen.

Joaquim (assessor)

Wednesday, January 11, 2006

Francamente

A Umbelina não tá muito satisfeita com o meu 'blogue'. Diz que estou a perder muito tempo com isto e não lhe dou atenção. Ela é capaz de ter alguma razão mas eu tive a explicar-lhe que se trata de uma missão e de um serviço de utilidade pública. Propus-lhe que passasse também a escrever para aqui. Ela disse que ia pensar mas eu acho que ela ficou interessada quando soube que o 'blogue' tem uma audiência espectacular. Por isso meus caros leitores e especialmente as leitoras é (obrigado macaco Adriano) possível que em breve tenhamos aqui o estimável contributo da minha mais que tudo Umbelina de sua graça. Em termos de meditação este dia foi muito fértil. As pessoas que me conhecem sabem que eu tenho um grande apego a tudo o que é francófono. Gosto de Paris, gosto da Torre Eiffel, gosto do 'french kiss', gosto em geral de tudo o que vem de França e muito do generalíssimo Franco. Sei que nestes afectos estou bem acompanhado. E a minha meditação hoje consistiu essencialmente em congratular-me pela sorte que tive em nascer tão bem dotado para ter sucesso na vida a ponto de nesta curta idade já estar lançado para ter uma carreira imparável. Eu sei que estas coisas não acontecem por acaso. Há o sangue, há os genes que a gente já traz dos nossos pais e dos nossos avós. E depois há as boas companhias porra a linha de cima desapareceu como é que se anda com isto para trás? Pra mais comeu-me a Umbelina que estava lá em cima onde é que eu carrego agora que merda, o meu primo disse que era só escrever por aqui abaixo que se lixe hoje fica assim.


Joaquim (assessor)

Monday, January 09, 2006

Acutilância

Hoje tenho que fazer algumas advertências aos leitores e às leitoras mais desprevenidos e desprevenidas por causa das tonturas que alguns e algumas sentiram ao visitarem este 'blogue'. Algumas pessoas disseram que puderia ser a acutilância (seja lá isso o que for) das meditações. outros puseram a hipótese de ser algum vírus informático moderno que saltasse do computador para o utilizador. Outros ainda acharam que era o magnetismo animal do Professor. Mas a verdade é que as tonturas têm origem na criteriosa mistura de cores que está a ser utilizada e que como todas as coisas boas não deve ser usada em excesso. Assim aconselho a que nunca estejam mais do que dez minutos seguidos neste 'blogue', o que além de ser saudável permite que outros se venham cá ver e não haja engarrafamentos. Quanto à meditação para hoje tenho estado a reflectir no que é que pudemos fazer para o Benfica ser campeão este ano. É que não basta que ganhe o Sr. Professor. O SLB também tem que ganhar para que o país possa ir para a frente sem entraves. Como percebem isto vai ser meditação para muitos dias. Mas os grandes desafios é que fazem os grandes homens. Por agora desejo a vós todos uma santa noite.


Joaquim (assessor)

Sunday, January 08, 2006

ExCITADOR

Como já devem ter reparado os meus incondicionais leitores passei a incluir uma ligação directa ao ExCITADOR pra puder dar-vos todos os dias um mantra que eleve o vosso nível de auto-estima e vos guie nos caminhos do bem. O ExCITADOR é um serviço que tem o apoio dos melhores psicólogos mundiais e tem a garantia de varias instituições ligadas há qualidade. Segue a norma ISO 9001, tem um acordo com as sociedades Ponto Verde e Codiporra além de acordos internacionais com a AIDÊESSEÉ. Neste belo dia de domingo depois de ter ido á missa com a Umbelina fomos meditar os dois nos imensos problemas que afectam o país e naquilo que pudemos fazer por ele. Então concluímos que os mais desfavorecidos são um problema. Mas é muito bom que continuem a haver muitos desfavorecidos pra nós termos pessoas de quem cuidar e a quem dar as coisas que nos sobram e que doutra maneira nem saberíamos o que fazer com elas. Até porque os desfavorecidos têm uma função social muito importante ao funcionarem como ecoponto para as coisas que nós já não precisamos. Foi uma meditação muito agradável esta que tive com a Umbelina. Como sabem o Sr. Professor também se preocupa muito com os desfavorecidos. Tinha mais coisas importantes para vos dizer mas o espaço está-se a acabar. Uma boa noite de domingo para todos voz.


Joaquim (assessor)

Saturday, January 07, 2006

Site Merder

Olá meus amigos e minhas amigas. Ontem por razões de força maior não pude cá vir-me. Como sabem ando em campanha e isto dá um bocado de trabalho. Para dizer a verdade nem tive tempo para meditar, o que segundo um amigo meu que é psicólogo da cabeça, não faz muito bem. Mas vou esforçar-me para nos próximos dias pôr a meditação em ordem. Entretanto tenho estado a introduzir melhoramentos no 'blogue' de maneira a não deixar desiludidos os meus inúmeros fãs. Hoje mesmo passo a ter um contador que fui buscar ao 'Site Merder' para medir as pessoas que ainda não puseram os pés aqui no 'blogue'. É o mais moderno dos contadores e tem a vantagem de à partida dar logo um número bem grande. Estou muito contente. Foi um 'expert' em informática do 'staf' da campanha do meu candidato o prof. CS. Ele disse-me que usam o mesmo algoritmo para fazer as contagens para as sondagens. E ao que parece é infalível. Com o tempo o meu 'blogue' e os meus outros 'sites' hão-de incluir coisas assim topo de gama para mostrar como eu e os que eu apoio estamos bem avançados em tudo o que é conhecimento. Obrigado a todos os que me têm apoiado e dado colaboração para que este seja um 'site' de sucesso.


Joaquim (assessor)

Thursday, January 05, 2006

Querbala

É pá! Estou a ter aqui uma grande alegria. Tenho tido imensa correspondência e ainda nem comecei a falar de futebol que é o meu desporto favorito. Tive alguns reparos às cores do 'blogue' mas estou aqui a adiantar-me no tempo e já a apoiar a selecção (acho que esta palavra não está bem escrita mas não tenho aqui o dicionário talvez seja selecção bem desculpem lá esta se estiver mal). Tenho que pôr a letra mais pequena porque este quadrado para escrever é muito pequeno. Deve haver para aqui um quadrado maior mas ainda não descobri onde. Eu sou mais de usar o 'excel' do que o 'word' e por isso ainda tenho algumas dificuldades, mas o meu primo já me prometeu explicar uns truques mais lá pró verão. Hoje o tema da minha meditação foi uma notícia que ouvi na rádio que dizia que tinha havido uma violenta explosão numa cidade do Iraque chamada Querbala. Porra pá! Não se pode dar um nome destes a uma cidade. Acho que é de uma inconsciência total. Deve ter sido baptizada, salvo seja, pelo Sadam. Só pode. É gajo para esconder armas químicas nas cuecas. São estas e outras iguais que tornam o mundo perigoso. Fiquei a pensar nisto o dia todo e ainda nem estou em mim. Não quero abusar da vossa paciência e por isso deixo já aqui o desejo de uma boa sexta-feira com tudo a correr bem.


Joaquim (assessor)

Wednesday, January 04, 2006

Que é que se põe aqui. Ah!

Estou muito contente. Ontem foi um dia muito importante pra mim. Rcebi uma série de mensagens a dar-me apoio para este blogue. É sempre bom ver o nosso esforço reconhecido. Disseram-me também pra eu cuidar da escrita por isso hoje já tenho aqui ao meu lado um dicionário para todas as vezes que tiver dúvidas. Isto de escrever é canja. Há por aí um montão de gajos a ganhar 'bué' a pôr umas letras há frente das outras e eu pergunto porquê. Sim porquê. Eu estudei que me desunhei para conseguir um canudo e agora se não fosse o meu pai ser um gajo com muita importância andava por aí há rasca há procura de emprego. Não estudei letras mas estudei números e toda a gente sabe que os números são muito mais importantes que as letras. Que seria disto tudo sem a economia. Heim. Digam lá o que seria. Também me escreveram a dizer que não pusesse fotografias da Nandinha porque não é bom pôr fotografias pessoais na 'internet'. Eu vou falar com o meu primo que é 'Webmaster' para tirar isto a limpo. Não percebo qual é o mal de pôr a fotografia de uma coelha anã na 'internet'. Por agora fica assim malta. Está se a acabar aqui o espaço. Amanha volto cá pra pôr outro assunto fixe. Passem uma boa quinta-feira.


Joaquim (assessor)

Tuesday, January 03, 2006

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Ó mãe anda cá ver. Já tenho um blog. Até dá para escrever em inglês e tudo.
Vou encher isto de fotografias da Nandinha. ;)

Joaquim (assessor)